Uma Hora Debaixo da Água

Eu sempre priorizo me exercitar pelas manhãs antes que a minha família acorde para que eu possa passar o dia inteiro junto com eles.

O plano era acordar cedo, 5 da manhã, levantar uns pesos em casa e ir para o Jiu-Jitsu às 6 da manhã. Infelizmente recebi uma mensagem logo cedo do Paul que ele não poderia ir pois tinha competido no dia anterior. Isso soma dois domingos seguidos de 2024 que não conseguimos treinar.

Acabei desencanando e fiquei na cama descansado até que o Jason me envia uma mensagem dizendo que está no trânsito a caminho do Jiu-Jitsu. Acabei avisando que não teríamos treino e retomaríamos na terça-feira.

A manhã começou com o Oscar pulando na minha cama para me acordar seguido de um café da manhã regado de arepas e tofu.

Aproveitamos o dia para chegar cedo no Botanical Garden de Atlanta para caminhar, ver o último dia dos trens em operação e ficar com as crianças no playground.

Depois compramos alguns itens que estavam faltando da minha última visita ao Traders Joe. E partimos para a Ikea, inicialmente com a ideia de comprar os frames para os quadros que precisamos enquadrar. No final compramos um monte de itens e nenhum quadro. Vamos ter que comprar online mesmo.

Assim que acabamos experimentamos o pretzel, que pessoalmente não gostei muito, pois tinha uma consistência massuda e até não muito bem assado. E os hotdogs veganos que são bons mas não super saudáveis.

Chegando em casa montamos os itens que compramos e como era final do dia as crianças não estavam no melhor humor.

Quando não me exercito, é fácil qualquer gatilho me estressar. Decide ir nadar na academia para espairecer depois de uma semana corrida de trabalho e muitos planos que estou colocando em prática em 2024.

Decide começar a nadar no ano passado e tem sido um desafio a cada semana. Comecei nadando sem brincadeira, apenas 7-8 minutos toda vez que entrava na água.

Agora estou consistentemente nadando duas vezes na semana. E uma média de 35 minutos a cada vez que entro na água.

Quando entrei na água hoje eram por volta das cinco da tarde e eu sabia que o sol iria se pôr logo mais. Como a piscina tem grandes janela de vidro, decide ficar nadando até o sol se pôr.

No final fiquei uma hora nadando.

Foi sensacional e me senti muito bem. Nadar tem sido uma terapia para mim. Pois são aqueles minutos que você fica só com você mesmo, não escuta nada a não ser a água. Precisa consistentemente nadar e colocar seu corpo e em sincronia e respirar corretamente para não tomar caldo.

Por ter selecionado o programa de nadar errado no Apple Watch, no final ficou marcado o tempo e as calorias que queimei. A distância e quantas voltas não foram marcadas.

Não tem problema. O importante é sei o quanto consegui nadar e como fiquei muito bem após o exercício.

Quando estou nadando sempre me lembro do filme Nyad, da mulher que conseguiu atravessar nadando de Cuba até a Flórida nadando por mais de dois dias consecutivos sem parar. Algo impressionando.

A vida tem sempre muito desafios e buchas para resolver mas preciso sempre me cuidar para me manter calmo e sempre fazer as decisões corretas e principalmente ficar com a família.

Arroz e Feijão

Um prato tão básico na nossa culinária brasileira que, depois de morar tanto tempo nos EUA, percebo que é mais um prato latino-americano, parte de toda uma cultura.

Com a dieta vegana que seguimos, há dias em que almoço arroz e feijão e me sinto muito bem. Uma comida simples que também foi marcada por épocas difíceis na minha vida.

Não me lembro por quanto tempo foram – dias, semanas ou meses – mas passamos muito tempo comendo apenas arroz e feijão em todas as refeições e, quando tínhamos mais dinheiro, incluíamos ovo.

Ficamos assim porque não tínhamos dinheiro para comprar mais comida. Nosso apartamento em Fortaleza não tinha nem luz, pois minha mãe estava sem condições de pagar a conta.

Passar fome deve ser pior, pois é o estado de não ter nenhuma comida. Passamos por apertos, de não ter opção para comer, e ter que nos contentar com o básico para continuar vivos.

Como isso aconteceu na minha adolescência, pode ter impactado meu desenvolvimento em alguns aspectos.

Atualmente, não reclamo; é apenas um desabafo.

Estou aqui firme e forte, ‘vivão’, como diria o Mano Brown.

72 Anos

A notificação do computador não deixou passar batido, amanhã meu pai completa 72 anos de vida. E isso me faz refletir como o tempo passa. As pessoas vão viver até os seus 80 ou 90 anos.

O avô da Daphne está vivendo até hoje. Então a questão é: como você vai viver os seus últimos 10 anos de vida?

Precisamos nos cuidar de todas as formas: saúde, família (comunidade), emocional e financeiramente.

Nos manter ativos e úteis para a sociedade.