Confiar demais no talento ameaça sucesso

  1. Psicóloga diz que os que creem no poder da aptidão tendem a não realizar seu potencial por estarem preocupados em parecer inteligentes.
  2. Para pesquisadora de Stanford, as pessoas que acreditam que talento pode ser desenvolvido são aqueles que realmente crescem.
  3. Por que algumas pessoas realizam seu potencial de criatividade nos negócios e outras, igualmente talentosas, não o fazem?

Depois de três décadas de pesquisas, Carol Dweck acredita que a resposta para esse enigma depende da forma pela qual as pessoas pensam sobre inteligência e talento.

Aquelas que acreditam que nasceram com toda a inteligência e os dotes que terão na vida tendem a abordar a existência com o que ela define como uma “atitude mental rígida”.

Aquelas que acreditam que suas capacidades podem se expandir ao longo do tempo, no entanto, têm uma “atitude de crescimento”.

A sociedade é obcecada pela questão do talento e do gênio, e quanto às pessoas que são boas “naturalmente”, dotadas de capacidade inata.

Transpor as fronteiras entre a psicologia:

  • Pessoal
  • Social
  • Do Desenvolvimento

As pessoas que acreditam que talento pode ser desenvolvido são aquelas que realmente crescem, pressionam barreiras, confrontam seus erros e aprendem com eles. Nesse caso, o esforço supera o talento natural em virtualmente todos os casos.

Livro
Mindset: The new psychology of success
Carol Dweck

Ela atribui o sucesso de diversos presidentes de empresas à atitude de crescimento, mencionando sua capacidade de inspirar os comandados.

Procurar sempre pessoas com talento quanto pessoas com uma atitude de crescimento nos potenciais contratados, pessoas apaixonadas por aprender e que prosperam em meio ao desafio e à mudança.

Scott Forstall, VP de Desenvolvimento de Software da Apple, alerta a todos os candidatos que entrevista e promete a oportunidade de cometer erros e enfrentar dificuldades, mas um dia fazer alguma coisa de que nos lembraremos pelo resto da vida.

Apenas as pessoas que aceitaram o desafio de imediato foram aceitas na equipe.

A intuição dele era a de que o ideal eram pessoas que acreditavam em se estender, em lugar daquelas que preferiam ser reis em seus próprios campos.

As pessoas com atitude de crescimento tendem a demonstrar a perseverança e a persistência necessárias para fazer dos revezes que sofrem na vida, a origem de futuro sucessos.

A capacidade de aprender com a experiência foi mencionada como ingrediente número um para a realização criativa.

Nada é melhor do que ver pessoas encontrando maneiras de fazer coisas que apreciam.

A Internet está mudando o seu modo de pensar?

Anualmente o empresário John Brockman, mentor da Edge Foundation formula uma pergunta via Internet, a uma vasta rede de cientistas, intelectuais e artistas e divulga as respostas no ” The World Question Answer”.

  1. Qual a invenção mais importante dos últimos 2 mil anos?
  2. O que você acredita ser verdade, mas não tem como provar?
  3. O que mudou sua cabeça nas últimos tempos?
  4. Que inventos ou ideias científicas poderiam mudar tudo a nossa volta?
Livro: Como a mente funciona
Autor: Steven Pinker

Algumas respostas…

  • A Internet mudou o modo de organização de materiais.
  • Ainda somos o que milhões de anos de seleção natural forjaram lembrando alguns alheios ao mundo virtual, que não obstante pensam do mesmo jeito que os internautas.
  • Ainda é cedo para dizer.
  • Ainda precisamos descobrir o preço da onisciência.
  • A Internet é ótima para pessoas desorganizadas (apegada a anotações e recortes de jornais e revistas, que sempre receiam perder, e às vezes perde).
  • Meus dedos agora fazem parte do meu cérebro (consequências cognitivas dessa incorporação).
  • O celular afetou mais o cotidiano das pessoas do que a Internet.
  • É o fim de quase tudo, de uma tabula rasa de todo e qualquer artefato impresso.
  • Os jornalistas terão o mesmo destino que tiveram os limpadores de chaminé, e para os livros, a mesma sorte dos códices e papiros. Na Wikipedia o livro aparece apenas como um verbete.
Livro: You are not a gadget: a manifesto
Autor: Jaron Lanier

“A nova e radical epistemologia que desmonta nossa habitual maneira de pensar, desafia nossas antigas certezas e estimula o compartilhamento de sabores e o surgimento de um: consciente coletivo”

John Brockman
  • Uma das maiores realizações da espécie humana.
  • Imprecisão das informações veiculadas.
  • Navegar pode ser viciante e muitas vezes uma ” prodigiosa perda de tempo” por encorajar o hábito de borboletar de tópico em tópico, em vez de explorar uma coisa de cada vez.
  • Penso mais rápido atualmente, mas a Internet não afetou minha maneira de pensar. Ainda não senti uma epifânia diante do monitor.
  • Minha vida e minhas ideias sempre foram afetadas por pessoas, lugares e experiências não virtuais – e assim continuam.
  • Inegável importância na luta pela liberdade em regimes autoritários, no socorro às vítimas de tragédias naturais e até no registro de ações criminosas.
  • Virou um reflexo das misérias do mundo, um ambiente dominado por russos, ucranianos, nigerianos e outros traficantes de vírus, spams e ladrões de senhas.
  • A Internet é como a maçã do gênese, o fruto proibido do saber. Mas não tem certeza se viverá o bastante para descobrir se ela, afinal, nos levará ao paraíso ou ao inferno.
  • A Internet roubou meu corpo, que hoje é uma forma sem vida curvada diante de um monitor.
  • Aumentamos o nosso poder de decisão e aprendemos usar o tempo de forma mais eficiente, navegando na infovia.
  • Ficou ” mais esperto” e fez da Internet a sua memória e do navegador uma extensão do seu corpo.
  • Minhas sinapses melhoraram bastante, o raciocínio digital aprimorou-as.
  • Um cineasta vanguardista produz imagens sem se preocupar com os problemas habituais de distribuição.
  • Orgulha-se de ter passado a pensar mais em termons de “ambos/e” do que “e/ou” e “nem/não”.
  • A Internet ensinou a definir melhor, evoluir e crescer. Ela é social, um modo de vida, contextualizada e traz felicidade.
  • A vida online nada tem de solitária.
  • Se o tema do Iluminismo foi a independência, o da Internet é a interdependência. Estamos todos conectados, humanos e máquinas. Chegamos à era do enredamento.
  • Descrê de mudanças em nossa maneira de raciocinar, mas não em nosso modo de agir.
  • Incentivo da Internet à generosidade e ao altruísmo, mas se queixa de um efeito colateral: fiquei mais impulsivo.
  • Piorou meu caráter. Virei um ressentido, um reacionário.
  • Suspeita que a Internet acabe impondo um novo Darwinismo, um novo tipo de seleção natural, não dos mais fortes, mas do mais atentos, dos que possuem maior poder de concentração e filtragem de dados.
  • Ciberlumpenproletariano, na qual enquadra todos aqueles engolfados pelo tufão dos sites de fofocas, dos videogames idiotizantes, dos blogs populistas e xenófobos e das rede sociais dominadas por bullies e cretinos.