Quando o Toronto Raptors estreiou na NBA eu tinha apenas 14 anos de idade, uma época onde jogava basquete quase todos os dias, e ainda não tinha a real dimensão do mundo.
Apesar de muitos duvidarem, eu tive uma ótima performance jogando basquete em minha adolescência. Joguei como federado para clubes (AABB e Diário) e escolas (Christus, General Osório, Objetivo) quando morávamos em Fortaleza, Ceará.
Se os caminhos da vida me levassem a continuar no basquete, meu sonho seria treinar nas escolas da IMG Academy, nos EUA. De onde já saíram grandes atletas profissionais. Poderia até não ser atleta mas me envolver de alguma forma já seria uma grande realização.
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O tempo passa tão rápido, que desde a criação do Toronto Raptors, você pode contar 24 anos de resiliência de um time, fãs e investidores, para conseguir conquistar o primeiro título.
A decisão do Canadá de se juntar com a NBA faz muito sentido para um país que já é considerado como uma soft-US e por causa da proximidade. Quem sabe no futuro teremos times no México, Porto Rico ou até mesmo Cuba competindo na NBA.
Ano passado tive a oportunidade de conhecer Toronto (assista o vídeo ou leia o post). Tecnicamente foi a segunda vez estive no Canadá, pois a primeira foi uma escala.
O que me impressiona nos EUA é como os esportes são levados a sério e conduzidos como verdadeiros negócios do que o nosso futebol brasileiro, que é mais uma pelada do mundo dos negócios.
No meu ponto de vista, a estrutura de 1 time por cidade, faz com que os fãs tenham um contato e relação mais próxima com os atletas e o time, e consequentemente movimenta a economia de outra maneira.
Artistas como o Drake representaram muito bem este apoio ao Toronto Raptors nessa temporada. Após a vitória do time por 4×2 lançou um EP especial. Escute aqui.
👬 Negócios em família
Os pais do Marc e Pau Gasol devem estar emocionados com essa conquista. Imagina você ter dois filhos que jogam na NBA e os dois foram campeões. Esta é a primeira vez que acontece na história da NBA.
Além disso, a Espanha também mostra a sua força no basquete e como essa competição saudável e a entrada de estrangeiros na NBA é tão benéfica à todos.
Outro fator que contribuiu muito é o apoio da família no desenvolvimento do atleta. Meus pais particularmente nunca foram de esporte e meu pai por ter uma pequena deficiência física nunca jogou nenhum esporte comigo, mas me ensinou a jogar Go.
As 🌟 semi-estrelas da NBA
Lógico que o Michael Jordan foi uma grande influência na minha vida e o que o basquete representa hoje para mim. Com o passar do tempo comecei a admirar mais os times que conseguem chegar a grande conquistas sem “super estrelas”, times que jogam um basquete técnico e bonito, literalmente jogar o jogo da melhor forma. Muitos foram campeões assim nos últimos anos como o Boston Celtics, San Antonio Spurs e agora o Toronto Raptors.
O Toronto este ano tinha um elenco de muito talento, mas para ganhar um título, é mais do que isso. Kyle Lowry, Serge Ibaka, Pascal Siakam, Fred VanVleet, Marc Gasol, Danny Green, Kawhi Leonard.
Enquanto isso no Canadá 🍁 🍺
Quando estive em Toronto no ano passado. O Helder me contou sobre o Last Call, quando os bares são obrigados a parar de vender bebidas alcóolicas. Com essa vitória histórica do Raptors, Toronto virou uma cidade sem lei. Até a polícia deveria estar comemorando.
O ☝️ dedo da NBA
Algumas pessoas, que talvez não entendem muito de basquete, sempre falam que o que vale é a partir do 5º jogo da final, pois como é um negócio milionário, a NBA “força” essa esticada. Esta série final foi muito equilibrada e seria difícil dizer isso ou até mesmo fingir tanto assim. Se teve alguma influência da NBA para deixar uma franquia nova como o Raptors ganhar, seria deixar o Kevin Durant de fora da série pois ele fez uma grande diferença no Warriors durante as finais.
Leia também este artigo que escrevi no RUBIROSA sobre o Toronto Raptors.