Consegui chegar do aeroporto muito tranquilamente através do metro, que conecta 2 terminais do Incheon Internation Airport e além de outro aeroporto pelo caminho. Isso foi muito bem pensado, reaproveitar a infraestrutura de trilhos para os dois aeroportos mais próximos de Seul.
Fiz a troca de trem e consegui na estação ‘Digital Media City’, e peguei a Linha 6 até a estação ‘Mangwon’.
Gastei ₩ 3.000 (won) 💱 que seriam cerca de 3 dólares para chegar em Seul. Muito barato.
Os trens estão sempre sinalizados em coreano e inglês, em em algumas estações a locução do metro fala em chinês e japonês também. Então acaba sendo natural para os turistas em geral andarem de metro pela cidade.
Airbnb no bairro Mapo-gu
A estação Mangwon fica no bairro de Mapo-gu, onde vou ficar nos próximos dias. Como o nome da rua que estou era muito parecido com o nome da rua de outra saída da mesma estação, só tive que prestar atenção para não me perder.
Por volta das 16h30, quando cheguei no apartamento o meu host, o Mr. Lee já estava me esperando e me explicou um pouco sobre os facilities do lugar e me convidou para almoçar.
Inicialmente ele queria me levar para comer um famoso Korean BBQ, mas falei que não como carne em minha nova dieta. Acabamos indo almoçar um bibimbap que é um risoto coreano, onde você mistura tudo com pimenta e óleo de gergelim. Este prato tradicionalmente é servido com carne e ovo. No final o Mr. Lee ficou com um extra de carne de dois zóião no prato dele.
Este lugar onde almoçamos se chama ‘Pomato Spoon’, e têm vários pratos típicos e o sushi coreano (kimbap). Abaixo está o balcão onde eles preparam na hora o seu kimbap.
Tradicionalmente os coreanos só utilizam palitinhos de metal, por diversas razões históricas. Acredito que hoje também tem a própria questão de não ficar descartando material na Natureza sem necessidade.
A refeição foi muito boa, principalmente depois de um vôo de 13 horas e comidas de avião. Estava bem ruim o cardápio da AirCanada. Comi no final só o kimchi e o arroz abaixo dele.
A minha escala para o vôo para a Coréia é em Toronto e no pior timeframe possível! Cheguei 23h30 e o próximo vôo é somente no próximo dia por volta das 13h30.
Para não ficar direto no aeroporto fui encontrar meu amigo Helder, que já mora aqui em Toronto por cinco anos. Nada melhor do que alguém local para mostrar um pouco da cidade.
Assim que meu vôo chegou demorou demais para o desembarque e isso acabou me atrasando. Na imigração só me perguntaram quanto tempo eu ficaria e eu disse no máximo 12 horas pois tenho que embarcar para a Coréia, e nem me perguntaram mais nada.
Tentei despachar a minha mala mas o pessoal da AirCanada disse que não seria possível. Então no final tive que pegar a minha mala e encontrar o Helder.
Como toda cidade organizada que se preze você consegue pegar um trem 🚊 do terminal do aeroporto até a cidade. Minha sorte foi pegar o último trem do expediente (1 da manhã). Eles voltam a trabalhar às 5h30 da manhã.
Foi uma boa economia pois paguei cerca de 12 dólares canadenses por trecho. Dica, melhor pagar nas máquinas pois dentro do trem é um pouco mais caro. Dentro do trem tem espaço para malas, Wi-Fi e é super confortável. Comparando com Uber ou Lyft eu gastaria cerca de CAD 30-40 dólares.
Jantar na Union, ⏰ 1:30 da manhã
Cheguei na estação da Union em Downtown Toronto e o Helder estava me esperando. Foi só o tempo de sair da estação e sair correndo para jantar no Jack Astor’s, uma rede de restaurantes com conceito sport bar americanizado. Pedi um Veggie 🍔 Burger com Sweet Potato e uma 🍺 cerveja local chamada Amsterdam, sim é uma cerveja “local” de Toronto com esse nome.
Depois fiquei sabendo que depois das 2 da manhã não é permitido vender mais bebidas alcoólicas, chamado de Last Call, então o povo começa a acelerar na bebida e o resultado você já sabe como é… hahaha
Para minha surpresa o Helder me disse que parou de beber, por vários motivos pessoais. Acredito que beber sempre ou muito também não é saudável mas parar totalmente é um compromisso pessoal muito nobre.
Sightseeing 🚶♂️ Noturno
Saímos do jantar e aproveitamos para dar uma volta na cidade de noite. Tudo muito tranquilo e seguro. E sim, eu puxando a mala de viagem.
Olhando alguns dos pontos principais da cidade, tive a sensação que por mais que não tenha um planejamento perfeito, o que eles fizeram perfeitamente é a integração dos espaços da cidade: áreas públicas, parques, centros de convenções, lugares turísticos, residências, escritórios, um modelo para que possamos estudar para implantar em cidades caóticas como São Paulo e Rio.
Depois caminhamos pela rua onde a noite ferve em Toronto, a King Street, e como tinha passado das 2 da manhã a galera estava bem animada e falando ‘Sorry’ mesmo não esbarrando em mim.
As pessoas por aqui sempre tentam ser o mais educadas possíveis, mesmo embriagadas. Achei interessante.
Voltamos caminhando até a casa do Helder. Ficamos conversando pacas, de vários assuntos e bebendo água 💧 FLOW. Uma água alcalina com ph 8.1 e que funciona por assinatura, negócio simples e genial.
Também falamos muito do assunto minimalismo e como aos poucos desapegar das coisas e sobre não consumir desenfreadamente. Este é um processo pessoal que estou fazendo também há cerca de 3 anos na minha vida. Dois livros que ele recomendou são o Goodbye, Things: The New Japanese Minimalism, do Fumio Sasaki e o The Joy of Missing Out, da Cristina Crook.
A questão é viver com menos e aproveitar a vida ao máximo. Este conceito vai mudar muito a cabeça das pessoas e fazer todos consumirem cada vez mais localmente.
Sightseeing 🚶♂️ Diurno (17ºC)
Acabamos dormindo 💤 apenas 3 horas pois combinamos de dar um volta durante o dia na cidade antes do meu próximo vôo.
Por volta das 7h30 a gente estava caminhando por Toronto e o Helder foi me explicando um pouco sobre tudo na cidade.
A mobilidade urbana na cidade é muito bem executada e você tem opções de sobra para ir e vir, com vias planejadas para todos: bike, carro, trem, pedestre, e até brincamos que tem para o barcos, por causa do Waterfront, e o outro aeroporto na frente do lago para aviões menores, depois disso só se tiver pista de disco voador 🛸
Passamos pelas “praias” de Toronto, não diria praias mas tanques de areia. Pois nem na água você pode entrar. Uma das praias fica com vista para tanques de açúcar e se chama Sugar Beach. Nestas horas você olha como o Brasil é abençoado e ainda assim conseguimos poluir nossas praias.
Andamos pelo Financial District de Toronto e as coisas são tão calmas que até os touros são mansos por aqui. Hilário 😆
Passamos pela Dundas Square, que parece uma versão menor da ‘Times Square’ de Nova York.
O ‘Beco do Batman’ de Toronto é bem na frente do prédio onde o Helder mora e tem o abrigo de mendigos na bem entrada dessa galeria. Entrando neste beco você também encontra o escritório da Nike e um estúdio de design e arquitetura.
O ‘Beco do Batman’ de Toronto é bem na frente do prédio onde o Helder mora e tem o abrigo de mendigos na bem entrada dessa galeria. Entrando neste beco você também encontra o escritório da Nike e um estúdio de design e arquitetura.
Umas das artes fala sobre os ratos que andam por ali pois tem a porta dos fundos de alguns restaurantes que atraem ratos 🐀🐀🐀 com tanto lixo.
Pode parecer bizarro mas em uma das entradas dessa galeria é ao lado do abrigo dos mendigos, que chegam a ganhar 800 dólares do governo para gastos pessoais básicos e não incentivar essas pessoas cometerem crimes.
Café da manhã dos campeões
O tempo estava acabando e precisava voltar para pegar minha mala e ir para o aeroporto. Como a fome bateu a gente foi para o Early Bird. Como estou sem comer carne já fazem alguns meses, aqui é um ótima opção para café da manhã e snacks.
Pedi um 🥑 Avocado Toast muito bem executado com ☕ café coado. E quase peguei estes energy balls para levar.
Duas coisas que falamos durante o brunch: meditação e yoga. Em breve vou fazer posts sobre estes assuntos aqui.
Conclusões 🤔
Escutei mais Sorry em 12 horas de Toronto do que escutei nos últimos 12 meses no Brasil. Acho que nem é falta de educação do brasileiro e sim falta de empatia com as pessoas.
Utilizei a estratégia nos dois vôos de reserva do assento do meio e no final fiquei no meio mesmo… muito zoado…
Este ano, a cannabis também será liberada em Toronto e você já consegue ver que o consumo é aberto em vários locais. Eu e o Helder tivemos uma boa conversa sobre o assunto e em breve vou fazer um post sobre o que tenho visto no mercado e minha opinião pessoal. O prefeito atual de Toronto fuma e o prefeito anterior fumava crack e morreu (claro!). Para a cidade de fato, o que importa é apenas o resultado final, se São Paulo ou Rio fossem organizadas como Toronto, pra mim pouco importa o que o prefeito faça.
Essa mistura de inglês e francês na minha opinião torna a cidade mais interesse, não fica só muito americanizado. Um Bonjour quebra o mindset North America. Com certeza umas das próximas viagens será Montreal.
Toronto é uma Nova York organizada e Nova York é uma Toronto bagunçada.
Agora vamos embarcar para nossa viagem de 13 horas até Seul.
PS. se discordar com algum ponto, deixe seu comentário, se gostou também comente o que mais achou legal para que possa ir melhorando.